Na década de 1990, nasce o movimento conhecido como Outubro Rosa, para estimular a participação da população no controle do câncer de mama. A data é celebrada anualmente, com o objetivo de compartilhar informações sobre o câncer de mama, promover a conscientização sobre a doença, proporcionar maior acesso aos serviços de diagnóstico e de tratamento e contribuir para a redução da mortalidade.
10 Coisas que você precisa saber sobre o câncer de mama.
1. Entre todos os tipos de câncer, o de mama é o que mais causa morte entre as mulheres, quando diagnosticado tardiamente.
2. O câncer de mama pode atingir tanto mulheres quanto homens, mas a incidência é maior no público feminino (99%) do que no masculino (1%).
3. No câncer de mama, há perigo de ocorrer metástase, situação em que células cancerosas migram para outros órgãos (fígado, pulmão e osso, por exemplo).
4. A presença de nódulo (caroço) na mama sempre deve ser investigada. O ideal é prevenir, fazendo o exame de mamografia para detectar lesões não palpáveis em estágio inicial. Outros sintomas são: abaulamento em uma área da mama, vermelhidão, pele com aparência semelhante ao da casca de laranja, secreção com sangue ou tipo aquosa que sai espontaneamente pelo mamilo, presença de íngua endurecida na região da axila.
5. Mulheres com mais de 40 anos têm mais chances de apresentar a doença. Mulheres com idade inferior a esta faixa etária, embora com menor frequência, também podem ter câncer de mama.
6. O risco de ter câncer de mama aumenta para as mulheres que não tiveram filhos ou que não amamentaram, para aquelas que fazem reposição hormonal durante a menopausa por período superior a cinco anos, para as fumantes e para as que consomem bebidas alcoólicas.
7. Para prevenir a ocorrência de câncer de mama, mantenha o peso adequado, pratique atividade física e não fume.
8. Visite periodicamente seu médico para realização dos exames preventivos. A partir dos 30 anos, o exame físico deve ser realizado pelo médico todo ano. Se necessário, ele indicará exames complementares.
9. A mamografia é o mais importante recurso para rastreamento e diagnóstico precoce do câncer de mama. Após os 40 anos, esse exame deve ser realizado uma vez por ano.
10. Importante: em caso de histórico de câncer de mama na família, é necessário acompanhamento mais frequente. Inicie os exames preventivos antes dos 40 anos.
Fonte: A.C.Camargo Cancer Center
Detecção precoce do câncer de mama
As formas mais eficazes para detecção precoce do câncer de mama são o exame clínico da mama e a mamografia.
O Exame Clínico das Mamas (ECM). Quando realizado por um médico ou enfermeira treinados, pode detectar tumor de até 1 (um) centímetro, se superficial. O Exame Clínico das Mamas deve ser realizado conforme as recomendações técnicas do Consenso para o Controle do Câncer de Mama.
A sensibilidade do ECM varia de 57% a 83% em mulheres com idade entre 50 e 59 anos, e em torno de 71% nas que estão entre 40 e 49 anos. A especificidade varia de 88% a 96% em mulheres com idade entre 50 e 59 e entre 71% a 84% nas que estão entre 40 e 49 anos.
A mamografia
A mamografia é a radiografia da mama que permite a detecção precoce do câncer, por ser capaz de mostrar lesões em fase inicial, muito pequenas (de milímetros).
É realizada em um aparelho de raio X apropriado, chamado mamógrafo. Nele, a mama é comprimida de forma a fornecer melhores imagens, e, portanto, melhor capacidade de diagnóstico. O desconforto provocado é discreto e suportável.
Estudos sobre a efetividade da mamografia sempre utilizam o exame clínico como exame adicional, o que torna difícil distinguir a sensibilidade do método como estratégia isolada de rastreamento.
A sensibilidade varia de 46% a 88% e depende de fatores tais como: tamanho e localização da lesão, densidade do tecido mamário (mulheres mais jovens apresentam mamas mais densas), qualidade dos recursos técnicos e habilidade de interpretação do radiologista. A especificidade varia entre 82%, e 99% e é igualmente dependente da qualidade do exame.
Os resultados de ensaios clínicos randomizados que comparam a mortalidade em mulheres convidadas para rastreamento mamográfico com mulheres não submetidas a nenhuma intervenção são favoráveis ao uso da mamografia como método de detecção precoce capaz de reduzir a mortalidade por câncer de mama. As conclusões de estudos de meta-análise demonstram que os benefícios do uso da mamografia se referem, principalmente, a cerca de 30% de diminuição da mortalidade em mulheres acima dos 50 anos, depois de sete a nove anos de implementação de ações organizadas de rastreamento.
O autoexame das mamas
A recomendação é que o exame das mamas pela própria mulher faça parte das ações de educação para a saúde que contemplem o conhecimento do próprio corpo.
As evidências científicas sugerem que o autoexame das mamas não é eficiente para o rastreamento e não contribui para a redução da mortalidade por câncer de mama. Além disso, o autoexame das mamas traz consigo conseqüências negativas, como aumento do número de biópsias de lesões benignas, falsa sensação de segurança nos exames falsamente negativos e impacto psicológico negativo nos exames falsamente positivos.
Portanto, o exame das mamas realizado pela própria mulher não substitui o exame físico realizado por profissional de saúde (médico ou enfermeiro) qualificado para essa atividade.
As recomendações do Instituto Nacional de Câncer
Em novembro de 2003, foi realizada a 'Oficina de Trabalho para Elaboração de Recomendações ao Programa Nacional de Controle do Câncer de Mama', organizada pelo Ministério da Saúde, através do Instituto Nacional de Câncer e da Área Técnica da Saúde da Mulher, com os apoios das sociedades científicas afins e participação de gestores estaduais, ONG's e OG's.
A partir dessa Oficina foi desenvolvido um Documento de Consenso para Controle do Câncer de Mama, publicado em 2004, que contém as principais recomendações técnicas referentes à detecção precoce, ao tratamento e aos cuidados paliativos em câncer de mama, no Brasil. Confira as novas recomendações em Publicações.
Saiba mais
O câncer de mama é provavelmente o mais temido pelas mulheres, devido à sua alta freqüência e sobretudo pelos seus efeitos psicológicos, que afetam a percepção da sexualidade e a própria imagem pessoal. Ele é relativamente raro antes dos 35 anos de idade, mas acima desta faixa etária sua incidência cresce rápida e progressivamente.
Este tipo de câncer representa nos países ocidentais uma das principais causas de morte em mulheres. As estatísticas indicam o aumento de sua freqüência tantos nos países desenvolvidos quanto nos países em desenvolvimento. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), nas décadas de 60 e 70 registrou-se um aumento de 10 vezes nas taxas de incidência ajustadas por idade nos Registros de Câncer de Base Populacional de diversos continentes.
No Brasil, o câncer de mama é o que mais causa mortes entre as mulheres. De acordo com as Estimativas de Incidência de Câncer no Brasil para 2006, o câncer de mama será o segundo mais incidente, com 48.930 casos.
Sintomas
Os sintomas do câncer de mama palpável são o nódulo ou tumor no seio, acompanhado ou não de dor mamária. Podem surgir alterações na pele que recobre a mama, como abaulamentos ou retrações ou um aspecto semelhante a casca de uma laranja. Podem também surgir nódulos palpáveis na axila.
Fatores de Risco
História familiar é um importante fator de risco para o câncer de mama, especialmente se um ou mais parentes de primeiro grau (mãe ou irmã) foram acometidas antes dos 50 anos de idade. Entretanto, o câncer de mama de caráter familiar corresponde a aproximadamente 10% do total de casos de cânceres de mama. A idade constitui um outro importante fator de risco, havendo um aumento rápido da incidência com o aumento da idade. A menarca precoce (idade da primeira menstruação), a menopausa tardia (instalada após os 50 anos de idade), a ocorrência da primeira gravidez após os 30 anos e a nuliparidade (não ter tido filhos), constituem também fatores de risco para o câncer de mama
Ainda é controvertida a associação do uso de contraceptivos orais com o aumento do risco para o câncer de mama, apontando para certos subgrupos de mulheres como as que usaram contraceptivos orais de dosagens elevadas de estrogênio, as que fizeram uso da medicação por longo período e as que usaram anticoncepcional em idade precoce, antes da primeira gravidez.
A ingestão regular de álcool, mesmo que em quantidade moderada, é identificada como fator de risco para o câncer de mama, assim como a exposição a radiações ionizantes em idade inferior a 35 anos.
fonte:Instituto Nacional de Câncer - INCA
Também aderi a campanha, temos que nos ajudar de alguma forma. Um xeru!
ResponderExcluirSandra
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