Querido diário!
Hoje trago um grito! Aquele que ficou preso na garganta. Aquele que o silêncio calou!
Preciso de você!!!!!
Sim! Tem horas que você grita e o mundo parecendo ensurdecido, não te escuta!
Preciso de você para me ouvir.
Rir ou chorar.
Apenas não falar nada, mas preciso saber que você está lá!
Onde esteve você quando te chamei? Quando precisei de você?
Quando a dúvida ou a neura me pertubou?
Não encontrei você.
Você não estava lá! Você não vem mais aqui! Você não está agora aqui!
Resta esperar.... esperar que o cosmo, de alguma forma propague esse grito e alguém consiga ouvir e se importe em repondê-lo! Vou esperar!! { Por Sol Oliveira}
Garrafa ao Mar...
Ha uma ilha,
onde vão aportar,
as garrafas com desejos.
Até aquelas que nas ondas,
passaram anos a navegar.
Quando o mar encolhe,
fica um monte na areia,
de garrafas com desejos,
e alguém as recolhe.
Pescador de dia,
de noite arcanjo.
Sabe todas línguas,
vivas e sumidas.
Está fazendo ruma,
das mensagens perdidas.
Arquiva pela chegada.
Marca como as pegadas,
que deixa na areia.
Quando um volume é assente,
fica anjo e vai ao remetente.
Todas as garrafas são respondidas.
Todos os pedidos atendidos.
'Desculpe a demora, agora é a hora'.
refrão que repete sem cessar,
na faina de compensar,
os remetentes das ondas a rolar.
Desculpe a demora.
Havia cordame perdido,
o doce mar enrolado,
pela maré e ventania
trazia a garrafa, tardia.
A demora é urgente.
Receberás alento.
Flores para almoçar,
e se tiveres assento,
alguém para morar.
Agora calma.
Está escrito na espuma,
deste mar rolante pois.
Que o teu pedido,
seja feito para dois.
Você que sabe esperar,
na vida nova se lança.
Quem espera é criança.
poema Don Antonio Maragno Lacerda
Prêmio UNICEF 2001
Um comentário:
Uma belíssima escolha!
Boa semana!!!
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