Olá galera, como no ano passado, esse ano tentei novamente o Exame Nacional do Ensino Médio ( no tempo que conclui nem se chamava assim, rss era segundo grau). Hoje vim trazer pra vocês a proposta do INEP e o tema foi : Desafios para a formação educacional de surdos no Brasil. O tema foi bem surpreendente, tanto que apenas 53 alunos em todo país tiraram nota 1000. Eu consegui melhorar minha nota com relação a 2016; obtive um 720 na nota final, porém sei que preciso melhorar muito se quiser conseguir uma vaga na faculdade.
Acessei o site do Descomplica e trouxe um espelho pra vocês conferirem o tema
De acordo com o Artigo 6º da Constituição Federal de 1988, além de saúde, segurança, trabalho e moradia, a educação é direito social básico determinado e garantido a todos os cidadãos sem distinção de classe, credo e cor ou limitações neurológicas e físicas. Entretanto, algumas parcelas da população enfrentam obstáculos na prática dessa determinação. Nesse cenário, os surdos, representantes de uma dessas minorias, sofrem com a falta de instituições preparadas para recebê-los, além do despreparo de profissionais que atuam diretamente com o ensino.
Em primeiro plano, é necessário ressaltar a falta de infraestrutura das escolas e universidades para receber e acolher a demanda de alunos com deficiência auditiva. Tal aspecto é evidenciado pela falta de insumos governamentais e até mesmo privados voltados para esse campo. Isso resulta em um acesso limitado e, muitas vezes, inexistente na esfera educacional, e essa restrição acarreta não só o afastamento do ensino, mas também a segregação social, que pode contribuir para casos de humilhação e sensação de não pertencimento. Somado a isso, sabe-se que esse ambiente deve e pode garantir uma formação profissional que contribui para a inserção do indivíduo no mercado, e sua negação além de alienação é um ato inconstitucional.
Analogamente, os professores estão diretamente ligados a essa problemática já que são ferramentas ativas no processo de ensino. Dessa forma, é imprescindível que o docente tenha uma formação curricular que saia de uma formatação cristalizada e englobe a educação especial não só como uma disciplina eletiva, mas, de fato, elemento fundamental para a inclusão e transformação social do estudante. A surdez ainda é encarada como uma particularidade excludente do indivíduo, quando não deveria ser vista como uma característica de inferiorização.
Fica claro, portanto, que setores sociais precisam ser revistos para que se chegue a uma solução para um problema que é sistemático e continuado. Sendo assim, o Ministério da Educação deve investir nos institutos especiais e capacitar as escolas públicas para garantir a dissolução dos obstáculos logísticos de estrutura. Ademais, a formação do professor deve tratar o ensino de LIBRAS – segunda língua oficial do Brasil – não como opção, mas como necessidade, e intérpretes devem ser contratados pelas escolas para acompanhar os alunos, garantindo interação, respeito e inclusão destes. A configuração do espaço escolar precisa ser alterada a fim de propiciar educação inclusiva: um professor capacitado e um ambiente preparado são capazes de agir como transformadores sociais.
Legal não? Esse aluno acabou dizendo tudo aquilo que gostaríamos de ter dito em nossas provas, rss mas "tá" valendo a experiência!E é isso. O que acha que poderíamos fazer além do que se tem feito, para melhorar a qualidade educacional de Surdos no Brasil?
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Um abraço!
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